Monday 29 September 2008

Uma vitória a derrota do plano para Wall St.

Ao ouvir a notícia que o plano para salvar os fat cats de Wall Street não tinha sido aprovado pelo congresso americano, não pude acreditar: era uma notícia maravilhosa. Esse pessoal tem que sentir um pouco de dor. Durante a bonança, os números eram quase obscenos e agora que a maré virou, simplesmente mandam a conta para o contribuinte? Não pode ser fácil assim.

Eu não me lembro de ouvir que nenhum banqueiro de Wall Street se matou! O mínimo era um Seppuku em frente aos funcionários. Chamar a todos no saguão da empresa, pedir desculpas e morrer com honra.

Mas não, muito pelo contrário, alguns faliram firmas seculares (ou quase) e ainda embolsaram milhões de dolares! É chamar a sociedade de idiota. E o mais curioso é que os bonus foram calculados com base em um resultado fantasiodo como a crise atual está mostrando. Ou seja, quase estelionatários.

Tenho visto que o fracasso da desregulamentação do mercado financeiro, que remonta a crise de 1929, pelos governos Reagan e Margaret Thatcher, pode ser o começo de uma nova era, uma nova chance para a humanidade. Esperemos que assim seja. Para mim, a conclusão da crise é simples: o mercado financeiro presa de um lastro real, precisa da economia real, fábricas, lojas, armazens, etc, não da para construir castelo nas nuvens.

Isso me fez lembrar de um artigo que vi enquanto pesquisava sobre o modelo de Black-Scholes: "From Black Scholes to Black Holes." Profético! Como eu gostaria de achar esse artigo de novo.

Monday 22 September 2008

Frustrado com o projeto Fedora

Sempre fui defensor e usuário da família "Red Hat". A minha história com o Linux começou no Red Hat 2 e logo depois comprei o Red Hat 5. Desde então sempre fui fã dessa distro.

Houveram alguns intervalos com Debian e FreeBSD. Durante meus 2 anos como técnico no IFUSP instalei e gerenciei máquinas com um clone de Red Hat, o Scientific Linux. Eu lutei até que praticamente todas as máquinas do grupo estivessem com SL.

A idéia do projeto Fedora sempre me agradou e sempre fui feliz, mas de uns tempos para cá, algo não vai bem. Acho que o "art work" está horrível. O Ubuntu está muito bonito. O tema é elegante e discreto, o tipo de coisa que eu gosto. Até o OpenSuSE 11 está bom. O tema do Gnome é muito bom, diferente, legal, quase intrigrante. Do KDE eu não falo porque não uso. Para mim o Suse sempre foi a última opção, mas de repente me vejo tentado a instalar.

Hoje quando instalo o Fedora a primeira coisa é instalar meus pacotes do Gnome para tornar a interface mais palatável. Que alias, é quase o mesmo tema usando pelo Suse.

Teve a invasão dos servidores Fedora/Red Hat que me pareceu que foi muito mal gerenciada pelos responsáveis pela distro.

Eu não sei, não gosto quando fico nesse limbo, procurando por uma distribuição. Fico pensando em voltar ao SL ou instalar CentOS para continuar dentro da família Red Hat. Ao mesmo tempo penso se não seria hora de tentar outra distro. O que me mata é pensar que o Fedora 10 pode ser uma boa distro. Pois foi assim no passado. Fedora 7 foi difícil, muito instável, e depois o Fedora 8 foi ótimo. Agora o Fedora 9 está difícil e portanto o próximo lançamento deve ser bom.

Hoje eu instalei o Fedora 10 alpha numa máquina virtual. O tema continua o mesmo "Nodoka" horrendo da versão 9, mas pelo menos tem mais opção de fundo de tela. No mais não deu tempo de brincar. Vamos ver no que vai dar.

Avanços no Brasa

No site "folha on line" tem uma notícia interessante de que 13 milhões de brasileiros mudaram de faixa social na década[1]. Se isso for verdade, o que deve ser, é um número impressionante.

Isso reforça a importância da estabilidade econômica, afinal são mais de 14 anos de plano real, ou seja, da mesma política econômica. Teve também um momento muito especial na economia mundial que agora parece ameaçado pelas reviravoltas no mercado financeiro e desaceleração mundial. Mas de qualquer maneira é um número a ser comemorado.

A minha opnião é que a economia deve crescer devagar para ser um processo mais orgânico. Tenho a impressão que quando o crescimento é muito rápido, há uma concentração de renda que é muito ruim para a sociedade.

A medida que a sociedade evolui, a cidadania evolui também e assim se constroi uma sociedade mais justa. O que deve ser o objetivo de todo país. Quem sabe, aos poucos, o Brasa esteja caminhando.

[1] http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u447578.shtml