A Apple está enlouquencedo

Alguma coisa não esté bem na Apple. A mensagem que a Apple sempre passou foi de "simplesmente funciona". Isso é, para quem aceitasse essa ideia, e ficasse dentro do ecosistema Apple, tudo funcionaria as mil maravilhas.

No entanto, os dois últimos lançamentos foram controversos: remover o soquete para o fone de ouvido e agora, remover a porta USB do novos MacBook pro. No primeiro caso, eu concordo com a medida. As pessoas estão migrando naturalmente para o wireless, então era só uma questão de tempo para a maioria das pessoas estivesse usando fones-de-ouvido sem-fio. E até vem um adaptador com o iPhone. Agora, a decisão de remove a porta USB do laptop foi premeditada. Sem uma porta USB, não dá para conectar o iPhone ao MacBook! É difícil de acreditar que ninguem na Apple tenha percebido o problema. Por que seguiram em frente com a idéia?

As pessoas estão indo para a nuvem, é verdade. Mas daí, a dizer que não há mais necessidade de se conectar ao computador para sincronizar as músicas, por exemplo, é absurda. É possível configurar o iTunes para sincronizar usando a rede wireless local, mas acho que não dá para fazer o mesmo com o Photos App. Assim, o feliz proprietário de um iPhone 7 e um novo MacBook, tem duas opções: ou compra um cabo ou paga para ter mais espaço na nuvem da Apple, o iCloud.

As duas opções me incomodam profundamente. Ambas de uma forma ou de outra parecem estar chamando o usuário de idiota. Por que comprar um cabo quando parece óbvio que deveria ser possível conectar o telefone ao computador em primeiro lugar? Não só para sincronizar músicas e fotos, mas também para recarregar o telefone.

Além do que a nuvem da Apple não inspira a mesma confiança que Amazon ou Google. Pessoalmente não gosto de como a nuvem da Apple funciona, especialmente com o tal photo stream, onde as fotos do celular começam a aparece por todos os lugares. O que me deixa incomodado, é a sensação de que não estou no controle. Parece que eu tenho que correr depois de ser surpreendido com fotos no iPad que tirei com o iPhone.

Tenho saudades do tempo em que tudo funcionava a partir do iTunes. Para músicas e fotos, ainda é assim, mas para os livros não. Para falar a verdade ainda não está claro como colocar os livros e documentos pdf no iPad. Para mim seria tão natural que fosse simplesmente arrastar-e-soltar os documentos na área de livros do iTunes.

Duas perguntas que me faço: seria possível mudar para Linux (Ubuntu) e Android? A outra é: se o Steve Jobs ainda estivesse no controle da Apple, isso estaria acontecendo?

Fica Temer.

Hoje vi a notícia que o Caetano Veloso pediu a saída do Temer. Não entendo o que está acontencendo. Basicamente estã dizendo que antes com a Dilma estava melhor. Por incompetência e temosia ela destruiu a economia do Brail. A inflação está maior, o desemprego está recorde, a economia encolheu, e por ai vai. Quer dizer, não há um indicador econômico que apoie a idéia que a Dilma estivesse fazendo um bom governo. E isso vem de longe. Quando começou a ficar claro os problemas econômicos, ela se recusou a reconhecer-los e mudar o curso do governo. Depois ela fez a campanha mentindo sobre o estado da economia.
Como apoiar esse governo? O governo dela tinha 68% de rejeição (Datafolha-03/2016). Ela tinha que sair.

Como dizer que houve golpe se o processo foi dentro da lei? Ela cometeu crime de responsabilidade. Está previso no Direito Brasileiro. Ou seja, o que fizem "fora Temer" ou falam em golpe estão dizendo para ignorar a Lei e ainda assim se acham defensores da democracia.

Não sei o que esperar do Temer. A situação está muit complicada no Brasil. O Brasil está dividido. Para piorar ele vai ter o PT na oposição, onde o PT está em casa. Isso é que ele sabem fazer muito bem. Porque governar mesmo é outra história.

Duas semanas em KAUST.

Hoje volto para Stuttgart após duas semanas na Universidade Rei Abdullah. Foi uma experiência muito interessante. Numa das entradas tem uma plaquinha com a inscrição da missão da universidade. Ali diz que o objetivo ´ resgatar a grandeza da cultura árabe de outros tempos. O chocante é uma declaração tão ambiciosa em uma placa tão modesta.

As instalações são impressionantes. Fica muito claro que dinheiro não foi problema. Mas não é só dinheiro. Parece que tudo foi pensado e executado com maestria. Dá para ver que houve um esforço para tornar a vida num dos países mais conservadores do mundo em algo palatável para os ocidentais. Me disseram que o oeste da Árabia é mais liberal que o resto do país, e a universidade foi alguns passos além. Se a intenção era impressionar, pelo menos para mim, eles foram bem sucedidos.

No entanto há algo de estranho no ar. Algo de artificial. Em alguns momentos tive a sensação de estar no filme "The Truman Show," no qual Jim Carrey é a estrala de um reality show onde o mundo a sua volta é na verdade um gigantesco cenário. Mas isso tudo é compreensível. A universidade tem que atrair gente de qualidade e ao mesmo tempo isolar do resto do país. Parece que a intenção é que esse ambiente mais liberal pouco a pouco mude o mundo islâmico. De fato, a missão da universidade é bem ambiciosa.

A luta perdida contra a pirataria digital

Hoje tem uma notícia interessante no Arstechnica sobre uma avalanche de filmes pirateados nos sites de torrent. Aparentemente os hackers burlar o mecanismo de "marca d'água digital" dos estudios. Eu gosto de ler notícias como os hacker burlam esses mecanismos de proteção e gerenciamento digital. Para alguém de fora, parece uma luta perdida, algo como a "guerra as drogas" (War on Drugs) e no entanto os estudios continuam a lutar ferozmente. Até quando? O lançamento do filme "The Interview" online pela Sony mostra que esse pode ser um modelo viável. Mais que isso, esse deve ser o futuro. No entanto esse filme em particular foi precedido de tanta controvérsia que é difícil saber o que teria acontecido ser o filme tivesse seguido os caminhos normais de lançamento. No entanto a mensagem parece clara: as pessoas estão dispostas a pagar para assistir conteúdo online. O YouTube foi um dos grandes vitoriosos dessa história.

Imprimindo o conteúdo de um pacote do "mac ports"

O Mac OS X tem um sistema de pacotes semelhante ao FreeBSD: mac ports. Hoje eu queria descobrir como lista o conteúdo de um "port" - algo semelhante ao rpm -q --list. Primeiro para listar os ports instalados:

mgarcia@localhost: ~ $ port installed
The following ports are currently installed:
  bzip2 @1.0.6_0 (active)
(...)

Em seguida queria descobrir onde os arquivos do django tinham sido instalados:

mgarcia@localhost: ~ $ port content py27-django
Port py27-django contains:
  /opt/local/Library/Frameworks/Python.framework/Versions/2.7/bin/django-admin
(...)

LG compra WebOS, por que a Sony não fez isso?

Acho que a LG fez uma excelente aquisição ao comprar o webOS da HP e me pergunto por que a Sony não fez isso? Acho muito curioso que a Sony insista em ser uma empresa de hardware. O anuncio do PS4 colocou muita enfase no aspecto "social," no entento acho que a Sony tinha que ter o seu próprio OS, alge que desse a eles a chance de criar uma plataforma própria.

Acho que a Apple mostrou o caminho, uma linha de produtos muito boa- que a Sony tem, integrado ao software e um serviço. Acho que a Sony tem todos os elementos mas falta uma visão coesa. A Playstation Network poderia ser o iTunes da Sony, com webOS rodando em todos os dispositivos, exceto computadores porque até ter uma "Office" não dá para deixar o Windows. Mas ainda poderia haver experimentos tipo Chomebook, com um Vaio rodando exclusivamente webOS e considerendo que o PS4 vai ser uma PC, seria possivel ter praticamente o mesmo sistema operacional rodando em toda linha de dispositivos.

Pagar para acessar o Estadão??

Hoje tive uma supresa desagrável ao acessar o site do Estadão: um janela pedindo que eu me cadastrasse para continuar tendo acesso as matérias do jornal. Por um momento pensei que se tratasse de algo exclusivo para tablets tipo iPad. Fui conferir do meu computador e para minha surpresa, a mesma janela pipocou!

Não tive outra saída se não apagar o Estadão do meu bookmark. Isso me deixou chateado porque o site do Estadão é minha janela para o Brasil. Tudo que sei do país vem por este site. Especialmente a parte de "opinião". Apesar de gostar muito do jornal, o site sempre deixou muito a desejar em termos de organização, a quantidade de anuncios, refresh da página, aquela coisa horrível no topo da página de econômia com informações das bolsas de valores e outras coisas mais. De todos a pior parte é de longe a poluição visual pelos anuncios. O site só se torna usável, legível, palatável, depois de se instalar o plugin "adblock" no Firefox. O Safari tem, além do plugin, o "reader" que ajuda a minimizar o problema ainda mais. Dos outros navegadores eu não sei porque não uso.

Não consegui entender o propósito do cadastro. A página de informações diz que é para entender melhor o perfil dos usuários, mas isso é meio difícil de engulir. Porque a mesma página diz que as informações no cadastro não serão vendidas ou compartilhadas, então para que o cadastro? Só se for para oferecer um pacote de assinatura diferenciado. Mas isso me parece muito trabalho para o número de assinaturas que possa gerar. Não consigo imaginar muitas pessoas assinando a versão digital do jornal. Como um complemento da versão impressa pode ser, mas só pelo conteúdo digital não. Até porque o site é ruim. Então teria que ser uma versão espetacular para iPad.

Uma coisa que também me supreendeu foi não saber que isso seria implementado. Acessava o jornal todos os dias e não me lembro de ver nenhum anuncio sobre a mudança. Isso me deixou decepcionado. Vamos ver no que vai dar. Mas eu só vou saber se sair em outro site. Boa sorte para o Estadão.