Sunday 22 May 2011

Comprando um sapato

O item que me faltava para a entrevista era um sapato. Estava tranquilo porque pensei que seria a parte fácil da história. Ledo engano. Parece que todos os homens de Sevilha calçam 44. Coisa incrível. É quase impossível achar um sapato decente neste número. Em geral os sapatos sociais estão na casa dos 100€. Por fim escolhi comprar um modelo na Zara porque é quase um sapatênis. Tem um sola muito fina o torna muito confortável. Pensei no quanto vou ter quer andar por Madrid e optei por conforto.

Mas tem uma história por trás dessa compra. Quinta e sexta feiras estive pelo centro procurando por sapato que me agradasse e coubesse no meu bolso. Quando finalmente me decidi por esse modelo da Zara. Descobri que não tinha meu número. O cara não me disse nada alem do "não temos". Conversando com o Felix, me sugeriu que fosse ao centro comercial em Nervion. Chegando lá, após verificar em outras lojas, fui a Zara para descobrir que eles não tinham o número. O vendedor me disse que talvez em "Los arcos" tivesse. Pensei comigo, não faço idéia onde fica isso, vou ao centro compro no "El Corte Inglês". Por azar tomei o ônibus na direção errada e fui parar em "Torreblanca". Ali vi o que no Brasil hoje chamamos de "comunidade", um eufemismo para favela. Sim, ali, vi com meus próprios olhos uma favela na Espanha. Durante o caminho um senhor muito falante foi me contando a sua vida e antes de descer do ônibus me mostrou qual era sua casa. OK. Fui até a parada final em Torreblanca. Na volta vejo que o ônibus passa em frente ao tal Shpping Center Los Arcos. Assim, ja que o destino tinha me dado essa oportunidade, resolvi tentar a sorte no Shopping. O shopping em si é bem simples. Tem só dois andares e é bem pequeno. Mas a Zara tinha o tal sapato. E assim pude encerrar minha busca. Mas não antes de passar pela vendedora mais fria que consigo me lembrar, um robô teria sido melhor. E depois reclamam do desemprego.

Agora só falta pegar a calça que ficou para fazer barra e já estou pronto para minha entrevista em Madrid.

Saturday 21 May 2011

Mais um entrevista

Estou comprando as coisas para fazer um entrevista de emprego. Não me lemrava como era cansativo, e para piorar Sevilha é quente. Provar um camisa se torna um tarefa... Como dizer? Quantas pessoas já suaram por ali antes da minha vez?

No final das contas era mais barato ter ido a Londres e trazer meu terno. No começo achei que teria sido mais em conta e de quebra teria um terno por aqui. Mas agora é tarde. Se eu conseguirba vaga, terá sido um bom investimento, so nāo vou precisar começar a pensar mais seriamente em arranjar um emprego.

Tuesday 10 May 2011

Tedio, Feria de Sevilla e pesetas

Vou começar dizendo que estou ficando entediado com Sevilha. A culpa não é da cidade em si. Minha opnião hoje é que Sevilha é como o Rio de Janeiro, ótima para um final de semana prolongado, mas mais que isso começa ficar chato. Não tem muito mais que ir a bar de tapas e perambular pela cidade. O que seria muito bom com um grupo de amigos, mas no meu caso, como de costume, sozinho perde muito da graça.

Minha idéia era chegar, fazer um curso de Espanhol e procurar um trabalho. O curso de Espanhol não fui bem o que eu pensei. Foi muito bom do ponto de vista ténico. Foi um mês de "subjuntivo". Eu pensava que seria um curso rápido começando do começo e cobrindo o básico. Porque foi esse o curso que tive na Itália e me salvou a vida. Mas me lembrei que as 20 horas de curso foram particular e pagas pela universidade. E naquela época foi 520€, imagino que hoje seria muito mais, ou seja, impraticável para se pagar do próprio bolso. E estudar sozinho está indo muito devagar.

Semana passada foi a Feria de Sevilla. Demorei a entender o que seria isso. Basicamente é um espaço com um monte de barracas, as casetas, que podem ser particular o pública. As particulares, como o nome diz, são particulares (óbvio) isso é não se entra sem um convite. Os convites são dados para amigos, familiares, etc. Na caseta tem comida e bebida, dança-se flamenco, e outras coisas típicas da Andalucia. As públicas em geral são de partidos políticos, empresas públicas, da prefeitura, etc. Por serem abertas a todos, em geral acaba tendo confusão com bêbados e todo o resto que não pode entrar em nenhuma outra caseta.

Eu fiquei um impressáo ruim porque me pareceu aquela coisa de "minha caseta é melhor que a sua." E por isso tem gente que investe uma quantia considerável de dinheiro nelas. Incluse com empréstimo bancário.

No supermercado tive uma surpresa quando vi que etiqueta tinha o preço em Euros e Pesetas. Sim, muita gente ainda pensa em Pesetas. Curioso que Euro esteja por ai a tanto tempo e as pessoas ainda pensem em Pesetas. Sabe como é: velhos hábitos são difíceis de morrer.