Sunday, 29 March 2009

Configurando PostgreSQL

PostgreSQL


A minha idéia é usar o Wicket para criar um banco de dados para registrar os laptops que configuramos para os usuários.


A escolha pelo PostgreSQL é por duas razões:1) é o banco de dados usado pelo OpenNMS, então parte do trabalho já está feita e não faria sentido ter dois servidores, o outro seria MySQL. 2) Desde que o MySQL foi adquirido pela Sun, e o mecanismo InnoDB pela Oracle, acho que MySQL está ficando um cria do Frankenstein*. E para piorar as coisas a IBM está em vias de comprar a Sun.

Servidor

O servidor PostgreSQL vai rodar numa máquina virtual onde foi instalado Fedora 10. A idéia de usar uma máquina virtual (VM) é de não poluir meu sistema principal e se por algum motivo eu mudasse de idéia, seria só reinstalar o Fedora ou criar outra máquina virtual.

A instalação do servidor foi feita durante a instalação do Fedora. Na escolha dos pacotes, marquei o grupo "Postgresql". Depois da atualização do sistema, a versão do PostgreSQL é postgresql-8.3.7-1.

O primeiro passo é criar uma role para acessar o banco de dados. Uma role é como uma conta de usuário do sistema, e a palavra usuário vai ser usada nos dois contextos e espero que fique claro quando se trata do usuário do sistema ou do usuário do banco de dados, mas como o usuário do sistema já foi criado (afinal ele já esta logado), pode-se assumir que estou falando do banco de dados.

Como root mudar para postgres. Essa conta foi criada durante a instalação do servidor.

# su - postgres
$ createuser mgarcia

Eu (mgarcia) escolhi que posso criar outros usuarios e banco de dados, mas não sou super user. E também não coloquei senha.

Como teste, no servidor e usando a conta mgarcia (sistema), criar o meu banco de dados:

$ createdb mydb

Se tudo correr bem, não há nenhum mensagem, volta-se ao prompt do sistema e o banco de dados foi criado. Em seguida pode-se acessar o banco de dados:


$ psql mydb

E novamente, se tudo correu bem, aparece a mesagem e o prompt do PostgreSQL:

Welcome to psql 8.3.6 (server 8.3.7)...
(...)
mydb=>

Acesso remoto

O objetivo é acessar o servidor de outra máquina e para isso é necessário configurar o servidor para aceitar conexões dos clientes.

A configuração é feita editando-se dois arquivos:pg_hba.conf e postgresql.conf. Ambos ficam no diretório /var/lib/pgsql/data.

No arquivo pg_hba.conf deve-se adicionar uma entrada para a rede onde estão os clientes:


host all all 192.168.184.0/24 trust

E para o caso do postgresql.conf, para permitir a conexão adicionar 2 linhas:


listen_addresses = '*'
port = 5432

Com isso é possível acessar o servidor remotamente. Como última etapa, adicionar a variável de ambiente PGHOST ao arquivo de inicialização, que no caso do bash, é .bashrc.


PGHOST=fedora
export PGHOST

Isso encerra essa parte. O próximo passo é criar um banco de dados e acessa-lo usando Java.



* Frankenstein é o cientista, a criatura não tem nome e isso é uma das suas mágoas com o doutor.

Saturday, 28 March 2009

Wicket

Estou aprendendo a usar o Web framework do projeto Apache chamado Wicket[1]. A razão é que quero voltar a programar. Mas apesar de parecer uma coisa simples, há várias questões que vêem junto, qual linguagem? para que?

A escolha da linguagem foi algo particularmente difícil. Acho que existe uma cesta de linguagem que são básicas, ou melhor, são as que garantem maior "empregabilidade". Elas são: Java, Python e PHP. A linguagem C (e C++) não está incluida porque é muito especifíca, e para a maioria não faz parte do dia-a-dia. Coisas tipo ASP, C# e outras crias da Microsoft eu nem considero.

A minha linguagem preferida é Python. É simples, e ao mesmo tempo poderosa, tendo todos os quesitos de uma linguagem moderna. Tenho a impressão que para a maioria dos mortais é a única linguagem necessária na vida. Inclui PHP porque me parece que é a linguagem natural para desenvolvimento Web. E está na minha lista de coisas a aprender. Mas isso é para o futuro.

No entanto, tenho gasto um tempo para (re)aprender Java. Java é mais que uma linguagem de programação, é uma plataforma de programação[2]. E se alguém está sério sobre programação enterprise level, ent&aatilde;o tem que aprender Java. Para mim, a gota d'água foi ter que usar OpenNMS[3] para o monitoramento da rede da empresa. Faz tempo que quero participar de algum projeto Open Source e achei que seria esse. Paralelamente, também tenho tido muito interesse em programar para a Internet. A escolha do Wicket foi por ter o pedigree do Projeto Apache, ser em Java, lendo a lista de recursos, me pareceu bastante interessante.

Então juntando o útil ao agradável, estou aprendendo Java e Wicket. A luta agora, e praticamente vencida, é desenvolver usando Eclipse[4] como IDE.

[1] http://wicket.apache.org/
[2] Core Java Volume 1 - Fundamentals; Cay S. Hostmann and Gary Cornell, Prenticel Hall
[3] http://www.opennms.org/index.php/Main_Page
[4] http://www.eclipse.org/

Wednesday, 18 March 2009

Por do sol azulado

Faz tempo que não escrevo neste blog, mas a notícia que a IBM está para comprar a Sun é fantastica. Adoro quando posso ver um evento que, como dizem por aqui (UK), "send chock-waves".

Se isso ocorrer será o fim de uma era. A longo prazo será uma era mais pobre, mas o processo de digestão vai ser muito interessante. Afinal a Sun têm sido muito importante desde os tempos do SunOS, depois com o Solaris, e por fim com Java. Aparentemente a transição de uma empresa de hardware e software para uma baseada em free software não foi bem sucedida e isso tem diminuido o valor de mercado paulatinamente.

A pergunta que todos se fazem é como a IBM vai absorver uma empresa que tem tanta sobreposição? O que vai ser dos Solaris? do MySQL? do Java e tantos outros produtos?

Concordo com a opnião que a IBM esta se livrando de um competidor e de quebra se armando para uma enfrentar a HP e a Cisco.

A IBM sempre investiu muito em Java e não gostou da licença ter virado GLP. De posse da Sun, seria possível flexibilizar para uma licença tipo Apache. Outra pérola seria o OpenOffice, no qual se basea o Lotus Simphony, que é o office da IBM.

Para mim é o fim do Solaris. Não acredito que a IBM vá gastar tempo e dinheiro com ele. O resultado é que o futuro do Linux parece mais azul que nunca.

Thursday, 30 October 2008

Pazes com o Fedora

Andei meio desampotado com o projeto Fedora e após um tempo com Ubuntu 8.04, voltei. Não adianta, por mais que eu ache o Ubuntu interessante, eu ainda prefiro Fedora.
Um exemplo, Pulse Audio (PA). O caso é o seguinte: se eu usar o PA posso ouvir música e se alguém me chamar no Skype eu ouço pois o dispositivo não está bloqueado. Mas isso não acontece de maneira natural no Ubuntu. Por outro lado, como no Fedora não funciona, eu preciso configurar "na unha". Na verdade é editar apenas um arquivo /etc/pulse/daemon.conf. O resultado é que o PA funciona como deveria.
Outra coisa é gerenciamento de pacotes. Hoje tenho a impressão que o melhor mecanismo é o yum e olha que o Ubuntu sendo derivado do Debian usa as ferramentas apt-* que estão muito bem estabelecidas. Mas uma coisa que me incomoda é ter que ficar alternando (e lendo man page) entre apt-get, apt-cache, dpkg, etc. Ou usar a interface gráfica synaptic. No final das contas o yum parece tão mais natural, mais fácil, mais tudo que hoje eu acho que superou o sistema apt
Aparentemente o Fedora 10 está muito bom. Estou muito satisfeito. E estou mais satisfeito ainda com o projeto CentOS.

Monday, 29 September 2008

Uma vitória a derrota do plano para Wall St.

Ao ouvir a notícia que o plano para salvar os fat cats de Wall Street não tinha sido aprovado pelo congresso americano, não pude acreditar: era uma notícia maravilhosa. Esse pessoal tem que sentir um pouco de dor. Durante a bonança, os números eram quase obscenos e agora que a maré virou, simplesmente mandam a conta para o contribuinte? Não pode ser fácil assim.

Eu não me lembro de ouvir que nenhum banqueiro de Wall Street se matou! O mínimo era um Seppuku em frente aos funcionários. Chamar a todos no saguão da empresa, pedir desculpas e morrer com honra.

Mas não, muito pelo contrário, alguns faliram firmas seculares (ou quase) e ainda embolsaram milhões de dolares! É chamar a sociedade de idiota. E o mais curioso é que os bonus foram calculados com base em um resultado fantasiodo como a crise atual está mostrando. Ou seja, quase estelionatários.

Tenho visto que o fracasso da desregulamentação do mercado financeiro, que remonta a crise de 1929, pelos governos Reagan e Margaret Thatcher, pode ser o começo de uma nova era, uma nova chance para a humanidade. Esperemos que assim seja. Para mim, a conclusão da crise é simples: o mercado financeiro presa de um lastro real, precisa da economia real, fábricas, lojas, armazens, etc, não da para construir castelo nas nuvens.

Isso me fez lembrar de um artigo que vi enquanto pesquisava sobre o modelo de Black-Scholes: "From Black Scholes to Black Holes." Profético! Como eu gostaria de achar esse artigo de novo.

Monday, 22 September 2008

Frustrado com o projeto Fedora

Sempre fui defensor e usuário da família "Red Hat". A minha história com o Linux começou no Red Hat 2 e logo depois comprei o Red Hat 5. Desde então sempre fui fã dessa distro.

Houveram alguns intervalos com Debian e FreeBSD. Durante meus 2 anos como técnico no IFUSP instalei e gerenciei máquinas com um clone de Red Hat, o Scientific Linux. Eu lutei até que praticamente todas as máquinas do grupo estivessem com SL.

A idéia do projeto Fedora sempre me agradou e sempre fui feliz, mas de uns tempos para cá, algo não vai bem. Acho que o "art work" está horrível. O Ubuntu está muito bonito. O tema é elegante e discreto, o tipo de coisa que eu gosto. Até o OpenSuSE 11 está bom. O tema do Gnome é muito bom, diferente, legal, quase intrigrante. Do KDE eu não falo porque não uso. Para mim o Suse sempre foi a última opção, mas de repente me vejo tentado a instalar.

Hoje quando instalo o Fedora a primeira coisa é instalar meus pacotes do Gnome para tornar a interface mais palatável. Que alias, é quase o mesmo tema usando pelo Suse.

Teve a invasão dos servidores Fedora/Red Hat que me pareceu que foi muito mal gerenciada pelos responsáveis pela distro.

Eu não sei, não gosto quando fico nesse limbo, procurando por uma distribuição. Fico pensando em voltar ao SL ou instalar CentOS para continuar dentro da família Red Hat. Ao mesmo tempo penso se não seria hora de tentar outra distro. O que me mata é pensar que o Fedora 10 pode ser uma boa distro. Pois foi assim no passado. Fedora 7 foi difícil, muito instável, e depois o Fedora 8 foi ótimo. Agora o Fedora 9 está difícil e portanto o próximo lançamento deve ser bom.

Hoje eu instalei o Fedora 10 alpha numa máquina virtual. O tema continua o mesmo "Nodoka" horrendo da versão 9, mas pelo menos tem mais opção de fundo de tela. No mais não deu tempo de brincar. Vamos ver no que vai dar.

Avanços no Brasa

No site "folha on line" tem uma notícia interessante de que 13 milhões de brasileiros mudaram de faixa social na década[1]. Se isso for verdade, o que deve ser, é um número impressionante.

Isso reforça a importância da estabilidade econômica, afinal são mais de 14 anos de plano real, ou seja, da mesma política econômica. Teve também um momento muito especial na economia mundial que agora parece ameaçado pelas reviravoltas no mercado financeiro e desaceleração mundial. Mas de qualquer maneira é um número a ser comemorado.

A minha opnião é que a economia deve crescer devagar para ser um processo mais orgânico. Tenho a impressão que quando o crescimento é muito rápido, há uma concentração de renda que é muito ruim para a sociedade.

A medida que a sociedade evolui, a cidadania evolui também e assim se constroi uma sociedade mais justa. O que deve ser o objetivo de todo país. Quem sabe, aos poucos, o Brasa esteja caminhando.

[1] http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u447578.shtml